RENATO WAGNER

   Renato Wagner foi um dos mais completos artistas plásticos piracicabanos do Século XX. Antes, porém, de dedicar-se completamente e em tempo integral à pintura, Renato Wagner teve marcante atuação na imprensa piracicabana, quer como publicitário, quer como caricaturista.
   Foi um dos fundadores da Revista Mirante, onde deixou traços notáveis de sua arte. Esta revista circulou dos anos 1950 a 1960, na cidade de Piracicaba. Seu nome ostenta uma longa avenida situada ao lado da margem esquerda do Rio Piracicaba, situada entre as Pontes José do Prato e Irmãos Rebouças.

   "Renato Wagner é um autodidata. Desenha, na verdade, desde os cinco anos, quando rabiscava nas areias finas de Lins, onde morava. Mais tarde trabalhou na McCann Erickson, agência de publicidade norte-americana, onde obrigatoriamente desenhava e onde se desenvolveu mais ainda. De volta a Piracicaba, abriu aqui sua própria agência de publicidade, onde fazia desenhos para anúncios do Jorna e o Diário". "Daí para a pintura foi um passo", conta Renato. É ganhador de inúmeros prêmios". - Jornal de Piracicaba de 3 de julho de 1983

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Algumas obras de Renato Wagner expostas no 3º. Salão de Caricatura de Piracicaba, em 1976



Bento Dias Gonzaga. O famoso Bentão. O político aparece em caricatura de Renato Wagner, exposta no 3º. Salão de Caricatura de Piracicaba, de 1976, com indelével marca do nanquim, típico nas artes até então. Cecílio Ellias Netto lembra : Bento Dias Gonzaga – filho do ex-prefeito e líder politico Luiz Dias Gonzaga – foi um dos mais sagazes políticos de Piracicaba, ainda que tenha sido relativamente curta a sua carreira. Deputado estadual por diversas vezes, Bento Gonzaga, o Bentão, era pessoa afável, estimada, de simpatia contagiante.



João Pacheco e Chaves. Outro importante político local retratado por Renato Wagner no 3º. Salão de Caricatura de Piracicaba, em 1976. Pacheco e Chaves conduziu as articulações para a organização do MDB (Movimento Democrático Brasileiro) em Piracicaba. Em decorrência da nova legislação partidária, deu-se na cidade o realinhamento dos partidos políticos e o MDB transformou-se em Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), sob o comando dos deputados Francisco Antônio Coelho e João Pacheco e Chaves (1979) e este último foi reeleito como deputado federal em 1982, passando a ser “o principal interlocutor de Piracicaba junto ao governador André Franco Montoro, de cujo governo foi Secretário de Cultura, sendo responsável, assim, pela abertura de portas no governo estadual à administração de Adilson Benedicto Maluf.


Joaquim do Marco, importante colaborador da imprensa nos anos 1970. Segundo Cecílio Ellias Neto, "O professor Joaquim do Marco foi uma das personalidades mais ilustres de Piracicaba. Professor, educador, jornalista, intelectual, sua vida foi uma dedicação de serviços à cidade e ao povo. Durante muitos anos, publicou, no jornal 'O Diário' – quando com o nome 'Diário de Piracicaba' – a coluna 'Flagrantes', abordando assuntos do cotidiano.



Francisco Salgot Castillon. Prefeito de Piracicaba no início da década de 1970, aqui é retratado na pena de Renato Wagner, em dois momentos : estudo iniciado e não concluído e trabalho finalizado. O prefeito teve sua caricatura exposta no 3º. Salão de Caricatura de 1976.




Sebastião Rodrigues Pinto




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